A pirataria nas ruas e na internet é um negócio organizado

A pirataria na internet é um negócio organizado, sem fins lucrativos, e se alguém lucra com isso vendendo informação, cds ou dvds piratas, com certeza pertence a uma categoria diferente de negócio. Há quem coloque os dois grupos no mesmo saco, mas há quem defenda o direito de um proprietário de um jogo de XBOX por exemplo, de ter uma cópia deste jogo.

Estou falando que o negócio é organizado, vejam por exemplo a página de notícias NFOrce Entertainment, que anuncia diariamente o que já foi copiado e pode então ser disponibilizado na internet. A página de notícias é organizada por categorias, PC Game Rips, PC Game ISOs, Dreamcast, Playstation, Playstation 2, Xbox, Xbox 360, Gameboy Advance, Gamecube, PSP, DivX, XXX, TV-Rips e DVD-R. Olha que eu citei os mais importantes. Tudo que é anunciado contem um review (análise do produto) e especificação técnica, os chamados arquivos NFO (info). O NFOrce também tem um Forum para discussões. Claro que tudo é em inglês.

283 ações policiais contra pirataria no primeiro semestre de 2006 fecharam seis laboratorios dedicados à fabricação de CDs e apreenderam mais de 454 mil CDS Piratas. As ações estão sendo realizadas em conjunto com a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), congrega atualmente 750 empresas no Brasil responsáveis por aproximadamente 85% do mercado, com a organização mundial por um digital seguro Business Software Alliance (BSA) e a organização mundial de defesas aos jogos, a Entertainment Software Association (ESA).

As ações ainda realizaram 31 prisões em flagrante. 1.702 notificações extrajudiciais às empresas infratoras, resultando em 30 ações judiciais, totalizando US$ 490 mil em indenizações por direitos autorais violados. Forram retirados do ar 23 sites vinculados à venda de software pirata e 17 mil anúncios em sites de leilão e 25 anúnicos em jornais.

"Esses números nos mostram que as ações de combate à pirataria são um reforço bastante eficaz no processo de conscientização da população quanto aos riscos e prejuízos causados pelo uso ilegal de software. Isso porque a indústria é fortemente atingida e o Brasil deixa de recolher impostos neste segmento, o que favorece ainda mais a redução da criação de empregos", diz o coordenador do Grupo Antipirataria da Abes, Emílio Munaro.


Denúnicas

Boa parte das apreensões foram realizadas a partir de denúncias por telefone, totalizando 9.006 ligações, sendo 5.557 durante a campanha "Mané e Migué", veiculada na TV. As denúncias por e-maill somam-se 3.631 mensagens recebidas. Denúncias contra o comércio ou uso ilegal de software, destacam-se 501 ligações e 686 e-mails

"No Brasil, a pirataria de software ainda apresenta índices alarmantes, assim como no restante do mundo. Por isso, precisamos cada vez mais do engajamento do Governo, para que tenhamos condições de conduzir esses índices a níveis cada vez mais baixos", diz o consultor jurídico da BSA no Brasil, André de Almeida.

Fonte: Gusleig